SOLIDÃO...A TORTURA DOS EXCLUÍDOS - Adail Alencar Taveira

| DO AUTOR


Adail Alencar Taveira. Foto: Arquivo

Solidão. . .a tortura dos excluídos,
a falta de um amor ausente,
o vazio de um olhar perdido,
querendo e exigindo ser gente.

Solidão. . .de um quarto vazio,
de palavras que não encontram sentido,
que tentam sufocar o seu brio,
que os deixam esquecidos.

Solidão. . .dos que imploram um carinho,
que precisam valorizar seus sentimentos,
porque não merecem que nos seus caminhos,
os espinhos façam seus ferimentos.

Mas o pior é a solidão da alma,
que machuca pela indiferença,
então como ter calma?
se não notam a sua presença.

Mas é preciso reagir às desilusões,
mostrando pro mundo sua fibra de vencedor,
resplandeça a cada momento suas emoções,
tentando semear muita ternura, pra colher amor.

Quem sabe se encontra uma solução,
por vias do amor que se plantar,
fazendo desses momentos uma reflexão,
para não perder os motivos pra sonhar.

E nesses sonhos distantes e quem sabe até uma utopia,
possam renascer desse vazio que os atormenta,
semeando o amor, a paz e colhendo alegria,
e do amargor das lágrimas um néctar que os alimenta.

Só assim um futuro pode ser vislumbrado,
e que esse caminho seja florido,
para que todos sejam amados,
e tenham a felicidade, de ter vivido.

Adail Alencar Taveira.

Essa poesia foi vencedora do 4º Concurso Literário internacional Justiça e Igualdade Social.

...

VENCENDO O MEDO E A OPRESSÃO

Eu tenho medo da poesia ser vencida pela opressão,
pela arrogância, falta de caráter e sensibilidade.
Eu tenho medo que a violência, gerado por insensatos e
insensíveis, seja mais forte que a tolerância e a paz.

Eu tenho medo que a força dos canhões,
soe nos cantos oferecendo desamor,
e que na pureza das nossas emoções,
seja relegada ao esquecimento a beleza da flor.

Eu tenho medo que a censura,
disfarçada por atitudes cheias de hipocrisia,
dizime cada restinho de ternura,
e que não resplandeça no nosso caminho a alegria.

Eu tenho medo que pessoas guerreiras,
percam a sua sensibilidade incontida,
e que as suas atitudes altaneiras,
sejam sufocadas pelas dores da vida.

MAS eu venço esse medo,
porque sou mais forte que a tirania
eu sou maior que esse medo assustador,
porque a minha arma é a emoção.

Enquanto me oferecem guerra,
eu ofereço o amor.
E os acordes da minha artilharia é a canção.
Por isso eu digo agora,

Abaixo as tiranias e as repressões.
Viva o grito sufocado que à justiça implora.
Viva a poesia que entrelaça nossas mãos.
Viva o amor semeado na terra,
que aquece corações sofredores,
viva a paz que vence a guerra,
vivam todas as sementes que geram flores.

Para os amigos: Brígido Ibanhes e Márcia Capelette.

Essa poesia foi vencedora do 2º Concurso Literário Internacional Justiça e Igualdade Social.

Dourados, 24-05-2.015.



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