Vander Verão e Célia Cristina nos efervescentes anos 1970/1980

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Flashback Cultural: Vander Verão e Célia Cristina nos efervescentes anos 1970/1980. Uma fotografia de dois jovens nos transporta diretamente para o vibrante cenário cultural de Dourados no final dos anos 1970 e início dos anos 1980. A imagem captura o jornalista Vander Verão entregando um prêmio à talentosa cantora Célia Cristina, um instantâneo precioso de uma época de intensas transformações e efervescência musical.
Aquele período pulsava com uma trilha sonora diversa, que embalava a juventude com os acordes inovadores de bandas internacionais como Beatles, Led Zeppelin, Iron Maiden, Black Sabbath e The Doors. Os vinis dessas bandas circulavam de mão em mão, transformando lares em pontos de encontro onde a música ecoava nas vitrolas. No cenário nacional, vozes marcantes como Raul Seixas, Belchior, Paulo Diniz, Valter Franco, Rita Lee, Zé Ramalho, Zé Geraldo, Alceu Valença, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque ditavam o ritmo, enquanto artistas regionais como Grupo Acaba, Geraldo Espíndola, Tetê Espíndola, Almir Sater, Paulo Simões e Geraldo Roca. coloriam a cena local. Em Dourados, nomes como Tim, Mikimba, Boca, Moacir, Bico do trombone, Nildo ito, Carlos Fábio, Miguel da Farmácia, Olho de Gato, entre tantos outros que o esquecimento levou, mas com certeza, deixaram a sua marca na memória afetiva daquela geração.
No coração dessa efervescência cultural douradense, a cantora Célia Cristina se destacava entre a juventude. Com sua voz singular, ela se tornou um símbolo de força feminina em um ambiente musical predominantemente masculino, cantando sobre temas que ecoavam os anseios e as vivências dos jovens da época.
Receber um prêmio das mãos de um jornalista como Vander Verão, que certamente acompanhava de perto o pulsar cultural da cidade, representava um importante reconhecimento de seu talento e de sua relevância para aquela geração.
Essa fotografia de Vander e Célia Cristina é mais do que um registro visual; é uma cápsula do tempo que nos lembra da força da cultura e do papel fundamental dos artistas e jornalistas em documentar e amplificar as vozes de uma juventude ávida por deixar sua marca.
Ao contemplar essa imagem, quase se pode ouvir os primeiros acordes de um sucesso da época e sentir a energia vibrante de uma geração que, através de sua música, sua moda e suas ideias, viviam a juventude de uma Dourados em crescimento, com a poesia espécie que de hino, cantavam, assim, "prefiro ser/essa metamoforse ambulante/do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo" (Raul Seixas). Que tempos memoráveis! Que época! Uma juventude no meio da poeira com seus tons, e alegrias singulares.
Texto de Carlos Magno Amarilha

Foto/fonte, arquivo de Vander Verão.
Organização: Comissão de Revisão Histórica de Dourados.



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